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20/06/2025

Psoríase pode piorar no frio e clima seco; veja orientações

Por Anna Clara Morais em 20/06/2025 às 06:00

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Devido ao clima seco, frio e diversos outros fatores, é comum que pessoas que possuam psoríase tenham um agravamento da doença. A atual estação pode desencadear crises dos quadros e piorar os sintomas.

No entanto, de acordo com o dermatologista Gustavo Novaes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologista, não é possível que a psoríase se desenvolva por conta da mudança de estações. Muitas vezes, o que pode acontecer é a primeira aparição da doença em indivíduos predispostos e, no outono, as manifestações podem ser precipitadas. 

O médico explica que a piora nesta época do ano se deve a alguns fatores, como a diminuição da exposição solar, já que a radiação ultravioleta tem efeito anti-inflamatório na pele, o que ajuda a controlar a doença; o clima mais seco e frio, que favorece o ressecamento da pele; o uso de roupas pesadas, o que causa o atrito constante com a pele e fatores emocionais, pois meses mais frios, em algumas pessoas, podem gerar um humor mais deprimido ou estresse. 

Para controlar os casos, há algumas orientações importantes deixadas pelo dermatologista:

– Manter a pele bem hidratada, preferindo hidratantes mais densos;

– Valorizar banhos mais rápidos, mornos (evitar água muito quente);

– Buscar, sempre que possível, uma dose moderada de exposição solar;

– Cuidar da saúde emocional;

– Monitorar e tratar rapidamente infecções;

– Manter acompanhamento regular com dermatologista, que pode ajustar o tratamento conforme a estação (fototerapia, tópicos mais potentes ou medicações sistêmicas, se indicado). 

O que é psoríase?

Trata-se de uma doença inflamatória crônica, autoimune e não contagiosa. Ela afeta principalmente a pele, mas também pode ter reflexos nas unhas, couro cabeludo e articulações. 

“É uma renovação acelerada das células da pele que leva ao acúmulo de placas espessas, avermelhadas, descamativas e, por vezes, pruriginosas, ou seja, que causa coceira”, explica Novaes.

Ainda segundo o dermatologista, a origem é multifatorial, resultado de uma combinação de uma predisposição genética somada a fatores ambientais e imunológicos.

Porém, o médico conta que, nos últimos anos, o tratamento da doença evoluiu significativamente, principalmente com o desenvolvimento de medicamentos biológicos e novas terapias orais. 

“Esses tratamentos modernos são altamente eficazes, mais seletivos e apresentam um perfil de segurança melhor quando comparados aos imunossupressores tradicionais. O grande diferencial dessas terapias é que elas atuam de forma extremamente específica, controlando a inflamação sem causar uma imunossupressão ampla, como acontece com imunossupressores clássicos, a exemplo do metotrexato ou ciclosporina. Elas também proporcionam uma resposta clínica rápida, muitas vezes com clareamento quase total das lesões cutâneas e manutenção desse resultado a longo prazo”, explica.

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