'Penélope', 10º suspeito da morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, é preso em SP
Por Santa Portal e Folha Press em 04/11/2025 às 10:00
Marcos Augusto Rodrigues Cardoso, conhecido por Penélope ou Fiel, de 36 anos, é o décimo suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes a ser preso pela Polícia Civil de São Paulo. O crime ocorreu em setembro em Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Nesta segunda-feira (3), Penélope foi preso e identificado como ocupante de um dos carros usados no crime. A reportagem não localizou a sua defesa.
A polícia suspeita de que ele possa ser o contratante dos assassinos de Ferraz. O suspeito tem antecedentes criminais por receptação, porte ilegal de arma de fogo e furto. Até o momento, dez suspeitos de envolvimento na morte de Ruy Ferraz foram presos, dois continuam foragidos e um foi morto.
A Polícia Civil apura se a morte foi uma represália ao trabalho que Ruy vinha fazendo na prefeitura, onde era secretário de Administração. Funcionários foram alvo de mandados de busca e apreensão. Além disso, uma licitação da Prefeitura de Praia Grande em setembro, com valor de contratação estimado em R$ 24,8 milhões, pode ter conexão com o assassinato do ex-delegado.
A Prefeitura de Praia Grande afirmou, em nota, que “tem ciência das duas frentes de investigações que estão em andamento pelos órgãos de Segurança”, que mantém contato constante com os órgãos de investigação da execução do ex-delegado-geral e “está colaborando integralmente com as investigações, fornecendo imagens, informações e demais materiais solicitados”.
Outra linha de investigação apura se a execução está ligada ao seu passado de atuação contra o crime organizado, quando foi o primeiro a investigar o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Antes de Marcos Augusto, o último a ser preso havia sido Paulo Henrique Caetano Sales, conhecido como PH. Ele foi encontrado no Jardim Shangrilá, periferia da zona sul de São Paulo, no dia 25 de outubro.
Segundo a investigação, PH é proprietário de um segundo imóvel em Praia Grande utilizado pelos criminosos para elaboração do plano que resultou no ataque a Ruy.
Investigados
- Dahesly Oliveira Pires (presa), 25 anos: apontada como a responsável por transportar um dos fuzis usados no crime da Baixada Santista para Diadema;
- Luiz Henrique Santos Batista (preso), vulgo Fofão, 38 anos: apontado como um dos envolvidos na logística do crime;
- William Silva Marques (preso), 36 anos: proprietário de uma das casas, localizada em Praia Grande, usada pelos envolvidos;
- Rafael Marcell Dias Simões (preso), vulgo Jaguar, 42 anos: apontado como um dos responsáveis por realizar os disparos. Ele se entregou à polícia em uma delegacia de São Vicente;
- Felipe Avelino da Silva (preso), vulgo Mascherano, 33 anos: seu DNA foi encontrado em um dos veículos utilizados no crime;
- Danilo Pereira Pena (preso), vulgo Matemático, de 36 anos: teria organizado parte da operação criminosa, determinando que outros dois comparsas transportassem um dos executores;
- Cristiano Alves da Silva (preso), vulgo Cris Brown, de 36 anos: seria o proprietário de uma casa em Mongaguá, que teria sido utilizada como ponto de apoio para o crime;
- José Nildo da Silva (preso), de 47 anos: estaria no carro que fez a emboscada;
- Paulo Henrique Caetano Sales (preso), vulgo PH, de 38 anos: proprietário de uma segunda casa em Praia Grande, utilizada pelos criminosos no período de elaboração do plano que vitimou o ex-delegado;
- Marcos Augusto Rodrigues Cardoso (preso), vulgo Penélope ou Fiel, de 36 anos: Ocupante de um dos carros usados no crime.
- Flávio Henrique Ferreira de Souza (foragido), 24 anos: DNA encontrado em um dos carros usados no crime;
- Luiz Antonio Rodrigues de Miranda (foragido), 43 anos: apontado como responsável por ter dado a ordem à Dahesly para que ela fosse buscar o fuzil;
- Umberto Alberto Gomes (morto), 39 anos: morto em confronto durante operação em Curitiba (PR).