O que Dua Lipa, Oprah, Emma Roberts e outras celebridades leram em 2025

Ao mesmo tempo em que impulsionam moda, comportamento e estilo de vida, algumas celebridades transformam o hábito de leitura em comunidades que aproximam fãs e autores. Os clubes do livro criados por famosos existem há um tempo: Florence Welch, Emma Watson e Sarah Jessica Parker já comandaram iniciativas do tipo, embora tenham encerrado ou pausado seus projetos.

Em 2025, o formato continuou com artistas que tratam esses clubes como extensão de seus interesses culturais e como ponto de encontro com o público. A seguir, veja cinco nomes que mantiveram seus clubes ativos ao longo do ano e as obras escolhidas.

Dua Lipa

Criado como desdobramento editorial do Service95, plataforma de estilo de vida e cultura criada por Dua Lipa, ele dá destaque à literatura global e prioriza vozes diversas. A curadoria circula por ficção, ensaio e formatos híbridos. Em 2025, a seleção manteve esse perfil, com predomínio de ficção literária ao lado de títulos experimentais e não ficcionais.

O ano terminou com a lista mais diversa, com autores de 11 países –da Polônia ao México, da Noruega à Austrália– além de Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda. A lista ficou dividida entre homens e mulheres, e três obras lidas têm edição brasileira.

Emma Roberts

Fundado em 2017, o Belletrist se consolidou como um dos clubes de leitura mais estáveis conduzidos por uma celebridade. Emma Roberts e sua melhor amiga, a produtora de cinema Karah Preiss apostam em descobertas literárias, principalmente de editoras independentes, autoras emergentes e obras que cruzam ficção, especulativo, ensaio e memorandos.

Em 2025, o clube repetiu essa linha. A maioria das escolhas veio de autoras mulheres (75%), com temas ligados a maternidade, internet, memória e identidades em transformação.

A seleção permanece quase toda sem uma versão no Brasil, apenas uma das obras foi publicada no país. As nacionalidades reforçam o foco anglófono do Belletrist com maioria de autores dos Estados Unidos, além de participações do Reino Unido, França e Irlanda. O resultado é um recorte intimista e literário, centrado em experiências pessoais.

Oprah Winfrey

Criado nos anos 1990, o clube da Oprah segue como um dos mais influentes do mercado, capaz de transformar livros em best-sellers. Em 2025, foram 11 escolhas (o título de dezembro ainda não havia sido anunciado até a publicação desse texto), com predominância de ficção literária, seguida por memórias e uma obra de autoajuda. A curadoria alterna autores consagrados e novas vozes, com foco em relações humanas, perda e reconstrução.

A maioria dos autores nasceu nos Estados Unidos, embora a lista inclua Índia, Vietnã e Alemanha. O recorte de gênero ficou próximo do equilíbrio: 45,5% mulheres e 54,5% homens. Quatro obras da lista têm edição brasileira.

Reese Witherspoon

O clube de Reese, criado em 2017, tem objetivo: destacar histórias centradas no universo feminino. Em 2025, essa proposta se manteve e todas as autoras escolhidas são mulheres. A lista combinou ficção contemporânea, romance, ficção histórica, fantasia literária e thriller.

A maior parte das autoras é americana, com poucas exceções. Alguns títulos chegaram ao Brasil, principalmente os mais populares nos EUA. Neste ano, o clube apresentou 11 escolhas mensais (não teve um livro escolhido em novembro), além de uma seleção sazonal ligada às estações.

Sophia Abrahão

O clube de Sophia ganhou corpo nas redes sociais e aposta em leituras diretas e emocionais, alinhadas ao público jovem adulto. Em 2025, mesmo com meses sem indicação, a curadoria formou um conjunto variado, com romances contemporâneos, thriller, drama e policial. O ano terminou equilibrado: 66,7% das autorias são femininas e 33,3% masculinas.

A seleção dialoga com tendências de leitura nacionais. A escolha de dezembro segue aberta e está sendo definida pelo canal de Telegram que a cantora administra para as escolhas literárias e divulgação do conteúdo relacionado ao clube.