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Presidente do Santos abre o jogo sobre Neymar, reforços, SAF e arena

Por Folha Press em 23/06/2025 às 10:00

Reinaldo Campos/Santos FC
Reinaldo Campos/Santos FC

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, abriu o jogo sobre diversos assuntos, incluindo Neymar, reforços, SAF e arena. O mandatário concedeu uma longa entrevista à Rádio Bandeirantes.

Teixeira comentou sobre a renovação de Neymar e mostrou otimismo pela permanência. O contrato termina no dia 30 de junho.

O mandatário também falou da situação financeira difícil, de reforços, parceria com o São Paulo, projeto de SAF e a nova arena do clube. Abaixo, todas as respostas.

Neymar vai ficar?

Marcelo Teixeira: A operação Neymar é fantástica em todos os sentidos. Só ainda não é dentro de campo. Sabíamos do tempo de recuperação. O tempo foi até mudado, pela forma como fazíamos o tratamento. Na busca pela excelência para que jogue mais tempo. Tenha fortalecimento muscular de acordo com o padrão, no porte de um dos maiores atletas do mundo. Trouxemos ele ao Brasil, está no Santos que é a sua casa, os resultados em todos os sentidos fora de campo foram excelentes no aspecto financeiro, imagem, marketing, e não está concluído. Fizemos uma experiência inicial de cinco meses vantajosa ao Santos e ao Neymar.

Hoje, o resultado ainda não é o lucro positivo da operação. Por que? Porque não concluímos nem sequer os cinco meses. Antecipamos e fechamos maio, precisávamos chegar em um número. Mas temos os resultados até o fim do ano, o marketing tem uma série de receitas alternativas que estão sendo criadas ou em vigência que ainda não dá para aferir. Só poderemos saber no fim do ano. Fechamos maio, mês importante. Tivemos um acordo com o Neymar em maio porque o contrato previa pagamento até 30 de julho.

Não há nenhuma dívida. Antecipamos, fizemos um acordo e dividimos esse valor em parcelas até o fim de 2026. Fechamos um período em maio, mas temos parceiros nas camisas para um primeiro contrato modelo. Na continuidade com a renovação, teremos resultado líquido mais vantajoso. Os parceiros fizeram contrato de um ou dois anos. Temos receitas garantidas. Mesmo assim, estamos conversando com o estafe do Neymar. É um avanço, estamos avançando muito na negociação e estamos bem próximos de um novo acordo para possibilitar a permanência do Neymar por um novo período.

Vale a pena o preço?

MT: A vinda do Neymar foi uma estratégia importantíssima. Já tínhamos tido um aumento gradativo das receitas. Assumimos com 30 mil sócios, no meio do ano eram 50 mil. Com a vinda do Neymar alcançamos mais de 75 mil. São receitas alternativas que o Santos vem buscando. Foi o maior patrocínio máster da história, mesmo de quando disputávamos final de Libertadores. Não são receitas suficientes ainda, mas trabalhamos para alcançar um equilíbrio financeiro.

Neymar menospreza o Santos?

MT: A identidade do Neymar com o Santos e do Santos com Neymar é nítida. O Santos com Pelé mais ainda. São marcas muito fortes. E eu sou testemunha. Quem tratava do retorno do Neymar é testemunha das propostas de permanência no exterior. Os clubes brasileiros tiveram conhecimento da chance de voltar ao Santos e houve um assédio de clubes brasileiros com propostas melhores. E o Neymar foi taxativo: ‘meu único caminho é o Santos’.

A história ali, é a casa dele, identidade grande com a gestão. Marcelo e Neymar Pai. Histórias construídas desde ele na base, tudo que foi feito nas empresas, nos direitos de imagem na época, tudo muito inovador. Temos uma relação de confiança. Tudo isso fez com que ele deixasse claro que jogaria no Santos na volta ao Brasil. Mostraram para nós que havia propostas maiores em relação ao Santos. Temos que valorizar esse retorno. Ao valorizar esse retorno, valorizar a decisão de jogar no Santos.

Ao voltar ao Santos, ele iniciou uma nova etapa. É uma etapa difícil, porque, apesar dos resultados financeiros vantajosos, todos querem vê-lo em campo, dando o retorno técnico que ele pode dar. Ele mesmo com seus 40 ou 50% é infinitamente superior, a gente nota isso. Notamos contra o Botafogo em lances geniais, é craque, diferente. Precisamos recuperar essa questão do Neymar. Ele tem essas questões fora do campo muitas vezes polêmicas: declarações, atitudes, das suas rotinas. É um jogador midiático, com repercussão mundial. Nós devemos entender essas situações.

Concordo em partes com a sua colocação. Não dele menosprezar, nem ele nem o Santos. Nunca seriam capazes de menosprezar o Santos. Mas um exemplo: fiz a entrevista num programa e disse que recebi o contato do presidente, não falei que era o Fluminense na época. Uma única proposta. E da minha parte eu falei que gostaria que permanecesse no Santos, treinando, mas que eles poderiam ficar livres para conversar. Conversaram com o Neymar Pai, comigo de novo, eu falei com ele e o filho. E concordamos que ele deveria trabalhar no Brasil para a continuidade no Campeonato Brasileiro. Ele disse a mesma coisa. Poderia jogar o Mundial pelo Fluminense. Não vejo nenhum tipo de menosprezo, desprezo. E aconteceu. O mais importante é que ele não foi. Consta em contrato que o Santos, em comum acordo com o jogador, poderia liberar para o Mundial.

Poderia ser importante para Santos e Neymar e ficar na vitrine de uma competição importantíssima a nível internacional. Foi decidido o contrário, pelo condicionamento dele. As interpretações poderiam acontecer de qualquer forma. Ele disputaria o Mundial e voltaria ao Santos. Era a proposta, a única existente na mesa. Eu posicionei o presidente do Fluminense, tenho excelente relação. Falei para ele conversar com o Neymar e que eu conversaria depois. Uma decisão conjunta. Não tinha a hipótese de jogar e permanecer no clube carioca. Era jogar o Mundial e retornar. Posso assegurar que não existe nenhuma atitude, ação, nada que o Santos fique refém.

Quem está envolvido no processo sabe como está sendo feito. Um exemplo: o Neymar fazia um tratamento diferente. Parte no CT, parte na sua casa. Decidimos que todo o tratamento fosse no centro de treinamento. Essas decisões não são do estafe, são do clube. Decisões internas em benefício do Santos e do jogador. Ninguém está refém. NR tem feito parcerias importantes, trazendo empresas, entidades, melhorando Vila Belmiro e CT Rei Pelé. É uma relação de confiança, dentro do projeto do retorno de Neymar. Não precisaria existir? Não. Por que vai buscar empresa para fazer divisória, ampliação da base, melhoria de camarotes… Poderia não acontecer. Existe esse comprometimento entre as partes, não é apenas a recuperação dentro de campo.

Todos entendem o projeto de reconstrução. Não é do dia para outro para conquistar títulos. É muito complicado chegar no estágio do Santos e repatriar um jogador assim. Alguns até dos credores que o Santos tem falam isso para nós quando negociamos. Temos a Exa, o Alexandre Cobra, mais 10 profissionais do Santos que fazem ampla análise financeira. Profissionalização dessa área para entendermos nossos débitos, quanto devemos, identificar novos ativos e parceiros. Os clubes ligam e falam que a gente pede parcelamento e trouxe o Neymar. ‘Como traz o Neymar e quer parcelamento?’. É um contrassenso. Mas é a realidade. Encontramos uma receita imediata do Neymar e usamos, infelizmente, para pagar dívidas.

É um momento importantíssimo na história do Santos. Ainda bem que temos dirigentes experientes, pessoas compromissadas, que enxergam a realidade dos fatos. Não podemos negar a realidade, mas estamos esperançosos. As ações são rápidas. Se o Neymar não retornasse, as alternativas de equilíbrio financeiro demorariam muito mais. Acontecem por causa das receitas alternativas. Qual é a verdadeira situação financeira? É grave. Mas o Santos dá mostras ao mercado que tem alternativas de modelos de investimento para o clube.

O Santos se reposicionar para que tenhamos a curto prazo condições de disputar títulos. De disputar competições internacionais como essa nos Eua [Mundial]. Com todos o respeito a quem disputa, mas é inadmissível um clube bicampeão do mundo… Temos duas camisas reconhecidas no mundo inteiro. É a 10 do Santos. Não podemos criar mais endividamento. O Santos toma suas atitudes para não se endividar mais”.

Qual o prazo para Neymar renovar?

MT: Não temos um prazo definido. Temos conversado. O Santos vai andar. O Santos não tem nenhum tipo de vínculo… Todos passamos, eu passo, o Neymar, o Pelé já foi. Todos passam. O mais importante é ter uma condição de estrutura suficiente para continuarmos caminhando no rumo. Independentemente do Neymar. O Neymar ficando? Ótimo. Dentro de condições diferentes do primeiro contrato. A discussão é essa, assimilada dos dois lados. Esperamos que seja o mais rápido possível. Não pode ser precipitado. Não é uma demora. Não temos necessidade nenhuma do Neymar jogar agora. Eu tenho a minha impressão. Eu estou muito esperançoso com o desfecho favorável. Diferentemente de um período recente, mas hoje, diante do avanço e das conversas, acho que é uma boa possibilidade.

Não estamos atrasados nem adiantados. Sou muito sincero: não houve agrado ou desagrado. Sentamos na mesa e deixamos claro o nosso posicionamento. A NR igualmente. Financeiro, marketing e jurídico das duas partes colocam tudo numa condição direta e prática. É possível que haja um desfecho favorável? Sim. O 7 para mim é um número cabalístico, ainda mais que ele deu 7. Permaneço no 7 [chance de 0 a 10]. Gosto tanto do sete. Podemos assinar e vou falar 7 de novo.

Como presidente, eu tinha consciência que o desafio, pelo que o departamento médico me passava, era muito difícil para que ele jogasse. Não sou médico, mas tenho as situações colocadas. Os médicos mostram exemplos de lesões gravíssimas como do caso dele. E o retorno tem contusões consecutivas. É o que acabou acontecendo com o Neymar. Teve contusão na Arábia, com dois meses fora. Jogou, ficou um mês fora. Outra lesão, não foi para a seleção, e é um processo. Como torcedor, quero que o Neymar esteja em campo, é lógico.

Convivo com o Neymar e sei da aflição. Imaginem um jogador que quer jogar, vocês conhecem. Muita gente próxima sabe que ele é fominha. Ele joga bola, gosta de jogar futebol. Sabemos da vontade do jogador. Ele quer ajudar o Santos mais do que ninguém, mas nem sempre pode. Nós queremos fazer um processo de renovação no qual esperamos que ele retorne. Qual é o projeto? Não é ajudar apenas o Santos, é ajudar o futebol brasileiro na Copa. Ele quer.

O Dorival queria, o técnico atual ligou e manifestou desejo de contar com ele. Todos queremos. Mas temos que compreender que é um processo. Queremos rapidez, gostaria de tê-lo em campo como tivemos contra o Botafogo, num período maior de tempo. Atuou mais, quase concluiu o jogo. Temos essa expectativa dele jogar cada vez mais com fortalecimento muscular para reverter isso no campo.

Situação financeira difícil

MT: É gravíssima a situação financeira. Não gosto de ficar lamentando, mas assumimos com o Campeonato Paulista e Brasileiro no calendário. Eram R$ 40 milhões do Paulista antecipados. Por melhor que se faça, é impossível. Tem que pagar dezembro, 13º, férias, em seguida as exigências de contratações. É uma duríssima missão que conseguimos vencer no momento mais grave da nossa história. Não é só a queda, é a alternativa de receita. As dívidas ali a curtíssimo prazo, com o jurídico adiantando que teríamos o primeiro, o segundo, o terceiro transfer ban. E o Santos cumprindo seus pagamentos na medida do possível. Tem que fazer um equacionamento.

Temos encontrado no mercado algumas possibilidades de acordos. Os clubes estão entendendo, entenderam a situação do Santos. Parcelamos alguns débitos, e nos casos do transfer ban tínhamos que pagar imediatamente. Negociamos as placas, a emissora que tem os direitos da Série B. E conseguimos o Grupo Globo. E encontramos receitas mínimas para cumprir uma etapa. Agora continuamos tendo uma séria de despesas. A vinda do Neymar foi uma estratégia importantíssima. Já tínhamos tido um aumento gradativo das receitas. Assumimos com 30 mil sócios, no meio do ano eram 50 mil. Com a vinda do Neymar alcançamos mais de 75 mil.

São receitas alternativas que o Santos vem buscando. Foi o maior patrocínio máster da história, mesmo de quando disputávamos final de Libertadores. Não são receitas suficientes ainda, mas trabalhamos para alcançar um equilíbrio financeiro. Para que tenhamos um melhor resultado do orçamento. Fechamos o ano passado, no exercício de 2024, com superávit de R$ 60 milhões. Isso representa as ações da gestão, mas temos um passivo, as dívidas. E o fechamento é diferente do exercício de 2024. Nessa gestão mais profissional, atraímos parceiros para que o Santos saia da UTI.

Não está fora da UTI, mas respirávamos por aparelhos, bem próximos de um momento gravíssimo. Agora já não respiramos mais por aparelhos. Respiramos por condição própria. Mas precisamos de um trabalho para ter uma maior receita. As despesas já existem. Então temos que encarar e cumprir na medida do possível.

Mas aumentar as nossas receitas. Como? Novas competições como foi a Copa do Brasil e vai disputar a do ano que vem. Meta de disputar competição internacional ano que vem que colocamos aos nossos jogadores. Vamos aumentando as receitas sem precisar apenas da venda dos jogadores. Temos essas alternativas, mas não podemos depender só das vendas. É montar um processo profissional para o Santos ter uma receita à altura das exigências.

O Santos não tem nenhum salário ou direito de imagem atrasados. Nada. Todas as premiações em dia. E um passivo na ordem dos R$ 600 milhões. Comparado a outros grandes clubes… Estamos com o projeto de nova arena. O Santos deveria jogar em São Paulo para 60 ou 70 mil? Até concordo. Mas o único projeto viável hoje é a parceria com a WTorre para a Vila Belmiro com 30 mil. É o patrimônio do Santos. A Vila Belmiro é um patrimônio mundial. Tem que melhorar e ampliar independentemente de outros processos.

Poderia ser tombado? Não. A Vila Belmiro tem que ser atuante. Receber adversários da base, feminino e até profissional. E isso independe de outros projetos. Se for fazer uma média de torcedores dos coirmãos, a média é 35 a 40 mil.

O Santos está no caminho certo, revitalizando a Vila Belmiro e ver outras expectativas. Isso não impede de jogar em São Paulo. Jogamos com público espetacular no Allianz, Morumbis e Neo Química. Quando tivermos a construção da Vila, jogaremos no Pacaembu. O Santos busca alternativas de receitas. Com 30 mil expectadores, vai alcançar 3 a 4 milhões por jogo de receita. Muda o patamar. Precisamos contar com uma arena multiuso.

Reforços

Igor Vinicius. “Há um entendimento entre as diretorias sobre o Igor Vinicius. Mas ainda não há um desfecho final sobre o jogador”.
Mayke. “Gosto de mostrar transparência, sinceridade, mas o Palmeiras disputa um campeonato importante. Prefiro não responder essa pergunta nesse momento”.

Parceria com o São Paulo

MT: Tivemos uma reunião da Libra. Conversei com o Casares [Julio, presidente do São Paulo]. Ele falou de alguns compromissos agendados para shows. Começamos uma conversa sobre ter dois ou três jogos ainda nesse Campeonato Brasileiro. Santos no Morumbis e o São Paulo na Vila. A primeira possibilidade seria contra o Flamengo em São Paulo. É uma possibilidade que existe. Nossa equipe conversa com o São Paulo para que haja um entendimento de ambas as partes.

SAF

MT: O modelo de SAF não vai ser do Marcelo Teixeira, o quadro associativo vai decidir. Aí vai ser um caminho de progresso para um clube que sofreu muito nos últimos tempos, mas que vai voltar às glórias.

Eu vou me atrever a dizer… Os oposicionistas no ano passado diziam que a única solução era a SAF. Quase que unânimes. O Santos, no ano passado, pelos desafios que tinha. Imagina vender como outros fizeram com valores irrisórios. O caminho do Santos poderia ser igual ou piorar, vendido no momento de baixa. É como a bolsa de valores, com ações baixas.

Alguns envolvidos pensam que é a hora, assumir o Santos, tumultuam nas redes sociais, SAF, SAF, SAF. Concordo, mas não como queriam fazer. Que foi o que ocorreu em outros clubes, com valores que não condizem. Poderia ser no Santos na segunda divisão, sem receitas e com dívidas. Poderíamos fazer uma SAF rápida e desvalorizar.

Temos tudo para valorizar o Santos reposicionando o clube. É incalculável quanto vale o Santos. O Santos não tem preço hoje. Para virar uma SAF, de acordo com os desejos do quadro associativo, precisam ser valores que resguardem o direito do clube. O Santos não é clube de balcão de esquina. Santos tem marca, ídolos, nome, cor, torcida. Uma série de questões a serem respeitadas. O que responder o mercado vamos levar ao quadro associativo.

Não vou antecipar valores. O Santos não está à venda. Tem suas dificuldades, mas não está à venda hoje. O Santos faz um trabalho para valorizar a marca. Buscando um modelo próprio de negócio. Avaliar o perfil de investidores no mundo. Essa marca é muito forte, não tem preço”.

Arena e CT

MT: A arena que foi anunciada pelo Neymar Pai é uma parceria existente da NR, Prefeitura de Praia Grande e Grupo Peralta. Nada a ver com o Santos. Mas lógico que podemos usar.

Temos hoje a possibilidade do CT Rei Pelé ser destinado para a base. Toda a base vai usufruir da estrutura que é do profissional hoje. Teremos um novo CT profissional em menos de um ano. Instalações adequadas como dos grandes clubes europeus. Vamos colocar à venda. Não posso garantir a nova arena. Que depende da venda de camarotes e cadeiras. A arena que o Santos trabalha é a Vila Belmiro. Da WTorre. Essa é a prioridade hoje da gestão.

A arena que foi anunciada pelo Neymar Pai é uma parceria existente da NR, Prefeitura de Praia Grande e Grupo Peralta. Nada a ver com o Santos. Lógico que podemos usar, assim como o Pacaembu, Morumbis, Allianz. E arena de Praia Grande.

O Santos se reposiciona no mercado. O Santos tem que ter uma estrutura para enfrentar os coirmãos de frente. Reposicionar o Santos de forma digna a curtíssimo prazo.

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