26/12/2025

Período de férias escolares com crianças autistas requer organização e adaptação

Por Santa Portal em 26/12/2025 às 11:00

Reprodução/Freepik
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No período de férias escolares e festas de fim de ano, é comum que pais de crianças atípicas fiquem preocupados com a quebra de rotina. Por este motivo, algumas medidas simples podem ajudar o período a ser mais tranquilo e divertido, para toda a família.

Durante este momento, oferecer atividades com previsibilidade pode trazer benefícios para as crianças atípicas, estimulando habilidades e interesses, de forma gradual.

Outra dica importante é procurar comunicar às crianças com antecedência sobre as mudanças para prepará-las, seja para uma viagem em família ou pequenas alterações nesses momentos de descanso.

Ainda falando em viagens, utilizar recursos visuais, tornar a experiência lúdica e falar sobre o que esperar de forma clara pode propiciar um passeio mais tranquilo e com menos momentos de sobrecarga sensorial.

Para Guilherme Reis, psicólogo e coordenador geral do Centro de Reabilitação Neurológica Matheus Alvares, outra dica importante é incentivar as interações positivas e promover atividades em conjunto com outras crianças em ambiente controlado, sempre respeitando os limites de cada indivíduo. “Independentemente de estar com outras crianças, outra dica que pode ajudar neste momento é enriquecer e estimular a criança atípica a realizar atividades que busquem explorar os sentidos em novos ambientes como praias, parques e até mesmo em casa”.

Festas de fim de ano

Além disso, as férias vêm acompanhadas das festas de fim de ano. O Réveillon, em especial, gera uma preocupação adicional, já que a comemoração geralmente é acompanhada de fogos de artifício. O show pirotécnico pode ser muito difícil para muitas crianças autistas por causa da hipersensibilidade sensorial, especialmente a sons altos, luzes intensas e à imprevisibilidade.

Para Reis, algumas medidas simples podem ajudar a amenizar o problema, como o uso de abafadores de ruído, explicar o que vai acontecer com antecedência e avisar o horário aproximado dos barulhos. “É interessante também combinar um “plano” para que a criança saiba o que fazer se ficar desconfortável e como pedir ajuda”, finaliza.

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