Procedimentos estéticos ajudam a recuperar autoestima de idosos; conheça os riscos
Por Anna Clara Morais em 05/05/2025 às 06:00
Envelhecer é um processo natural da vida. As marcas que acompanham a chegada dessa etapa são refletidas nos rostos e nas linhas que espelham a experiência da caminhada, o que para muitos é motivo de incômodo e insegurança. No entanto, atualmente, existem procedimentos que podem ajudar na recuperação dessa autoestima.
Segundo a médica especialista em estética médica avançada, Elisa Tripoloni Parra, as principais queixas que chegam aos consultórios são as de derretimento da face, sensação de olhar cansado, linhas de expressão marcadas e a flacidez, reclamações frequentes.
Para a profissional, os benefícios que os procedimentos estéticos trazem às pessoas são diversos. Trata-se de uma transformação de fora para dentro, que reconstrói não só a face, mas sim a autoestima que uma vez foi perdida.
“São inúmeros benefícios, desde que bem alinhados às expectativas para ver o que o paciente deseja, qual a sua dor e o que ele gostaria de melhorar. Vai muito além da estética, quando a gente trata o que está incomodando o paciente, impacta diretamente na autoestima, que vai refletir na confiança no dia a dia, no olhar no espelho e se reconhecer”, explica Elisa.
No entanto, por mais que os resultados buscados sejam positivos, nem sempre é assim que acontece.
“Todo procedimento médico, minimamente invasivo que seja, tem riscos. São utilizados, agulha e anestésico, então há possibilidade de surgirem hematomas, edemas, reações alérgicas. Além de complicações mais perigosas, como assimetria facial, paralisação dos músculos, ptose palpebral e entre outros”, alerta a doutora.
Outro fator que influencia diretamente em bons resultados é a qualidade do profissional contratado para realizar o procedimento. A médica chama a atenção para a escolha.
“Quando mal executados, por profissionais sem conhecimento da anatomia da face, sem uma técnica segura, uma boa análise e material adequado; os riscos para uma quebra de expectativa são maiores. Todos esses fatores influenciam muito”.
Exageros
A tendência de rostos harmonizados ditou a moda recentemente e, exemplos de exageros, visando alcançar a aparência perfeita também dominaram o cenário, porém, a hora de parar não deve vir do paciente.
“Não está atrelado somente ao paciente, mas sim ao profissional que realiza esses procedimentos. A gente tem que saber falar não. Com a moda da harmonização, muitos pensaram no retorno financeiro, mas cabe a nós, médicos, olhar para o paciente. Às vezes a pessoa começa a se ver no espelho todos os dias, se acostuma com a imagem e sempre vai buscar por mais”.