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Insegurança cresce na Zona Noroeste e moradores cobram policiamento

Por Beatriz Pires em 20/07/2025 às 05:00

Divulgação
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Moradores da Zona Noroeste de Santos, no litoral de São Paulo, têm relatado um aumento nos casos de assaltos nos arredores do Sambódromo Passarela do Samba Dráusio da Cruz. Nos últimos dois meses, diversos furtos foram registrados na região, gerando apreensão na comunidade. Como forma de protesto e alerta, faixas com os dizeres “Cuidado: área com índice de assalto” foram penduradas por moradores, mas já foram retiradas pela Prefeitura de Santos.

Thalita Farias, de 33 anos, é uma das vítimas. Ela conta que foi abordada por dois homens de bicicleta na Rua Olga Deon Coury, atrás do cemitério da Areia Branca, em maio, por volta das 11h30. Os assaltantes levaram seu celular e alianças.

“Eles diziam estar armados e ameaçaram me ferir caso eu não entregasse os objetos. Um deles segurou a bermuda, como se estivesse com uma arma”, relata.

O crime foi registrado no 7º Distrito Policial, unidade que estava de plantão no momento do ocorrido. Thalita acredita que a falta de policiamento é um dos principais fatores que contribuem para a onda de crimes na região. 

“Os celulares foram bloqueados pelo IMEI, mas tinha esperança de recuperar as alianças, a minha de noivado e a da minha mãe, que estava casada há 37 anos”, lamenta.

Outra moradora, Tatiana Rodrigues, também foi assaltada em junho, na esquina da Avenida Nossa Senhora de Fátima. Ela teve sua corrente arrancada por menores de idade, que, segundo ela, aparentavam ter entre 12 e 14 anos. Eles passaram de bicicleta e fugiram rapidamente. 

“Não deu para ver se estavam armados. Fiz o boletim de ocorrência e fui chamada para tentar reconhecer o autor, mas não foi possível”, afirma.

As duas destacam que os casos têm se tornado frequentes e que muitos vizinhos relatam situações semelhantes. “É uma falta de respeito com os moradores que pagam seus impostos e só querem viver suas vidas normalmente. Todos estão mudando a rotina para evitar assaltos. Um absurdo!”, desabafa Thalita.

Ela ainda compartilha o impacto emocional sofrido. “Fiquei abalada. Tive medo de sair de casa e até hoje evito levar objetos de valor para lugares próximos, como o mercado”.

Posicionamento da Polícia Militar

Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo afirmou que tem atuado de forma estratégica e intensificada na Zona Noroeste de Santos. Segundo a corporação, há reforço no policiamento ostensivo, saturação de áreas com maior incidência criminal, apoio de unidades especializadas e uso de viaturas do policiamento territorial.

A PM informou ainda que realiza patrulhamento constante com pontos de estacionamento tático e ações coordenadas em horários e locais estratégicos. A participação da população por meio do Disque Denúncia (181) ou do acionamento via 190 é considerada fundamental para o sucesso das operações. A corporação reforça que segue firme na missão de servir e proteger, promovendo ações preventivas e repressivas para garantir a segurança da comunidade.

A Prefeitura de Santos também foi procurada para comentar sobre a retirada da faixa de policiamento, mas não houve manifestação até a publicação desta matéria.

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