Santos reduz mortalidade infantil e é reconhecida por eliminar a transmissão vertical do HIV
Por Santa Portal em 23/12/2025 às 15:00
Santos, no litoral de São Paulo, conquistou uma importante redução na mortalidade infantil em relação a 2024. Até a reunião do último comitê municipal de mortalidade infantil, na primeira semana de dezembro, a Cidade registra nove óbitos por mil nascidos vivos, dentro da meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (até dez). Em 2024, o índice foi de 13,9, após quatro anos consecutivos dentro da meta.
Ainda sobre a saúde da mãe e do bebê, Santos recebeu em dezembro, do Ministério da Saúde, o certificado de eliminação da transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê), relativo ao período de 2022 a 2024, além das boas práticas executadas pelos servidores municipais, conferidas pessoalmente pela equipe de validação do ministério, que visitou vários equipamentos em setembro. O certificado é válido por três anos.
Em dezembro, a Cidade recebeu do Ministério da Saúde as primeiras doses da vacina contra o vírus sincicial respiratório para proteger os bebês da bronquiolite e de pneumonias. É aplicada nas gestantes e a transmissão dos anticorpos ocorre de forma vertical, por meio da placenta, iniciativa para evitar internações e óbitos. Em 2025, 106 bebês santistas de até 2 anos de idade foram internados por causa do VSR e um óbito foi registrado.
Mutirões
Santos realizou diversos mutirões de exames com horário estendido, seja aos finais de semana ou período noturno, no Ambulatório de Especialidades da Zona Noroeste e no Ambulatório de Especialidades Nelson Teixeira, além do Complexo Hospitalar David Capistrano e Instituto Visão do Bem.
Foi possível zerar a demanda reprimida de consultas com neuropediatra e de cirurgias pediátricas de baixa complexidade. Houve, ainda, redução considerável na espera por consulta com cirurgião vascular.
Exames com maior demanda, como raio X, ultrassonografias e ultrassonografias com doppler, também integraram a mobilização.
Já no segundo semestre, a Cidade realizou mutirões de eletrocardiograma e ecodoppler, enquanto as cirurgias de catarata em ambiente ambulatorial foram realizadas a partir de verba do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), no Instituto Visão do Bem e no Ambesp NT.
Até o início de novembro, Santos é uma das quatro cidades do Estado que realizou oferta de cuidados integrados – ciclos de planos terapêuticos em até 60 dias, incluindo a consulta inicial, a realização de exames e consulta de retornos para fechamento de diagnóstico.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos
Mais assistência
O Grupo Técnico de Cuidados Paliativos foi criado para inserir em Santos os conceitos da Política Nacional de Cuidados Paliativos, criando as bases para o primeiro ambulatório do tipo, a ser inaugurado em janeiro.
Já o combate à tuberculose ganhou corpo com a criação da comissão municipal de enfrentamento à doença, formada por servidores municipais da Saúde, Desenvolvimento Social e da Cohab, além de representantes de universidades e da Câmara Municipal.
Em junho, foi estabelecido o Comitê Técnico de Saúde da População Negra, cujos objetivos têm foco na prevenção, promoção e assistência; no desenvolvimento de novas políticas públicas e estratégias na área da saúde; na vigilância das doenças mais prevalentes; na educação permanente dos profissionais de saúde etc.
Em novembro, foi anunciada a criação do Grupo Técnico de Humanização, que será responsável pela análise e elaboração permanente de propostas voltadas ao tema. Em 2025, mais de 30 propostas voltadas ao tema começaram a ser executadas nas policlínicas e UPAs. Em 2026, as ações serão desenvolvidas pelos equipamentos da Saúde Mental.
Ao comemorar os números, sobretudo a queda da mortalidade infantil, o secretário de Saúde, Fábio Lopez, antecipa que para 2026 o plano é estreitar a interlocução com os planos de saúde, por meio do qual muitas gestantes do Município realizam o pré-natal. “É necessário que dialoguemos cada vez mais em prol da saúde de todos os santistas”.
