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Jogador que disputa a Copa do Mundo de Clubes aprendeu a jogar futsal no Colégio Santa Cecília

Por Santa Portal em 24/06/2025 às 10:00

Arquivo/Santa Cecília e Divulgação/Auckland City
Arquivo/Santa Cecília e Divulgação/Auckland City

O lateral-direito do Auckland City, Adam Bell, de 21 anos, integrou uma equipe, de cinco garotos neozelandeses, que fez um intercâmbio no Colégio Santa Cecília, em 2016, para aprender a jogar futsal.

Ao lado de Bell, que tinha apenas 12 anos, estavam Seoram Lee, Fardeen Faheem, Jeremiah Ruawhare e Joseph Lai, acompanhados do professor Callum Christopher, que, à época, revelou ter se motivado a realizar o intercâmbio após conhecer a história e a tradição cecilianas no futsal.

Logo depois, Christopher conheceu o técnico de futsal do colégio, Fabrício Monte, que também atuava no Santos Futebol Clube, e o convidou para ir à Nova Zelândia ensinar a modalidade aos alunos. Com o sucesso da parceria, surgiu o interesse dos neozelandeses em vir a Santos.

“Aceitei, fui ao colégio onde eles trabalham e fiquei lá por trinta dias dando treinamentos”, contou Fabrício. “Lá, o esporte é trabalhado nas escolas, não existem clubes. Continuamos em contato, comecei a enviar treinamentos e ele me perguntou sobre a possibilidade de trazer os garotos para o Santa Cecília”, completou.

Christopher explicou que teve a ideia de trazer jogadores de 12 a 14 anos ao Brasil porque na Nova Zelândia não havia cultura de futsal e a qualidade técnica na modalidade era baixa. O objetivo era oferecer aos jovens a oportunidade de treinar, elevar o nível individual e facilitar a transição para o futebol de campo – o que funcionou com Adam Bell.

“Quero usar o futsal para desenvolver jogadores para o futebol de campo. O Brasil é o país que mais considero para adquirir conhecimento sobre futsal. Sei que tem o melhor futsal do mundo, por isso é a melhor opção para a garotada aprender”, afirmou o professor.

Hoje camisa 21 do Auckland City, Bell usava a número 4 quando frequentou as instalações esportivas cecilianas. O neozalandês também visitou o CT Rei Pelé, onde tirou fotos com jogadores santistas, como Elano e Lucas Lima. Em entrevista ao Espaço Unisanta, ele relembrou a experiência. “Achei que fosse ser só jogar futebol em todo lugar, e tem sido do que eu vi”, disse.

Experiência em Mundiais

Vencedor da Liga dos Campeões da Oceania em 13 ocasiões, o Auckland City é o clube com mais participações em mundiais organizados pela Fifa: 12 no total. Apesar da hegemonia no futebol amador do continente, o time enfrenta grandes desafios ao encarar clubes com estruturas profissionais e orçamentos mais robustos.

A maioria dos jogadores mantém outras ocupações para complementar a renda. Adam Bell, por exemplo, cursa administração e trabalha na Bunnings, uma rede de lojas de produtos de ferragens e jardinagem, onde precisou solicitar licença remunerada para disputar o Mundial.

Essa não é a primeira vez que o lateral se ausenta do trabalho para participar da competição. Em 2023, esteve presente na derrota por 3 a 0 para o Al-Ittihad e, em 2024, na eliminação por 6 a 2 diante do Al Ain, ambas como reserva. Neste ano, o Auckland City já foi eliminado após perder por 10 a 0 para o Bayern de Munique e por 6 a 0 contra o Benfica. Neste último jogo, Bell foi titular.

Apesar da eliminação precoce, ainda há uma oportunidade de ver o neozelandês com DNA ceciliano em campo. O clube cumpre tabela nesta terça-feira (24), às 16h, contra o Boca Juniors, no estádio Geodis Park, em Nashville, Tennessee.

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