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Cremesp investiga médico denunciado por beber álcool antes de atendimento em Praia Grande; VÍDEO

Por Folha Press e Santa Portal em 03/07/2025 às 05:00

Reprodução
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O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriu uma sindicância para investigar o caso do médico do Pronto-Socorro Central de Praia Grande, no litoral de São Paulo, que foi denunciado por supostamente consumir bebida alcoólica antes de iniciar o atendimento, na sexta-feira (27).

A denúncia que a sindicância do Cremesp se baseia foi feita na Central de Polícia Judiciária de Praia Grande por um paciente que aguardava atendimento. Segundo a polícia, o homem, de 33 anos, alegou que o médico estaria ingerindo bebida alcoólica durante o plantão no posto de saúde no bairro Vila Guilhermina. O órgão disse que o caso foi registrado como não criminal e foi encaminhado ao CRM (Conselho Regional de Medicina).

O responsável pela denúncia, Felipe Gomes Hatzopoulos, disse em que viu o médico comprando duas doses de vodka em uma barraca próxima ao pronto-socorro. Ele disse ter visto a mesma pessoa vestindo jaleco e chegando para atendimento logo em seguida. Ao Santa Portal, o denunciante enviou o vídeo registrado enquanto ele questionava o médico.

A defesa do médico nega as acusações. Os advogados Rafael Leocadio Cristofoli Cunha e Victor Vilas Boas Aló dizem que “é absolutamente inverídica a armação” e que “o vídeo amplamente divulgado não mostra qualquer ato de ingestão de substância, tampouco qualquer sinal de alteração comportamental ou profissional”.

Segundo a defesa, o policial que atendeu ao chamado não identificou sinais de embriaguez e não foi feito teste do bafômetro. No entanto, o denunciante enfatizou que em nenhum momento disse que viu o médico bebendo. “Fiz o flagra dele comprando a vodka e ela estava em cima da mesa do atendimento, no copo. Então, óbvio que ele ia beber. Isso ele não nega em momento algum”.

A Prefeitura de Praia Grande disse que o médico foi afastado de sua função e que o caso está sendo apurado. Segundo o órgão, o profissional era terceirizado, contratado pela gestora do PS Central, a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).

A SPDM diz que, tão logo tomou conhecimento da situação, adotou as providências cabíveis: “O profissional foi retirado do setor, substituído na escala por outro médico e não realizou qualquer atendimento após a constatação da conduta inadequada”.

“O Complexo Hospitalar Irmã Dulce reforça que não tolera qualquer conduta que fira os princípios éticos, legais ou profissionais que regem o exercício da Medicina e o atendimento à população. Toda e qualquer atitude incompatível com esses valores será rigorosamente apurada e punida nos termos cabíveis”, conclui a nota da SPDM, que tem contrato com o complexo Irmã Dulce.

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