Ibama dá aval à dragagem do Porto de Santos, que prevê remoção de 3 milhões de m³ de sedimentos
Por Santa Portal em 11/11/2025 às 10:00
A Autoridade Portuária de Santos (APS) obteve aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o Plano Conceitual de Dragagem 2025-2026, que orienta a gestão e a execução das operações de manutenção do canal de navegação do Porto de Santos.
O novo ciclo de dragagem tem como objetivo garantir a profundidade de 15 metros no canal, condição essencial para a navegabilidade e para o acesso de embarcações de grande porte. A previsão é de que sejam retirados cerca de 3 milhões de metros cúbicos de sedimentos do fundo do estuário.
As obras serão realizadas com dragas auto-transportadoras de arrasto e sucção (TSHD), além de retroescavadeiras e batelões. O material dragado será destinado às quadrículas Q4 e Q8 do Polígono de Disposição Oceânica (PDO), a aproximadamente 10 km da entrada do canal.
O cronograma foi dividido de acordo com as características de cada trecho:
- Trechos 1 e 2 – janeiro, fevereiro, junho, julho, outubro e novembro;
- Trechos 3 e 4 – abril, julho, agosto e novembro.
Os trechos mais próximos à entrada do canal (1 e 2) são mais afetados pelas frentes frias e ressacas, enquanto os trechos 3 e 4 sofrem maior influência de sedimentos carregados pelas chuvas de verão. No entanto, o sistema estuarino de Santos está sujeito a eventos climáticos extremos, podendo ser necessária a realização de campanhas adicionais de dragagem, sob prévia autorização do Ibama.
A APS informa que a atividade de dragagem é monitorada em tempo real por sua equipe técnica, por meio de diferentes programas ambientais estabelecidos na Licença de Operação nº 1382/2017.
Dois deles são voltados unicamente para a fiscalização destas atividades: Programa de Monitoramento da Dragagem e Programa de Monitoramento da Dragagem por Sensores da Draga. Outros programas também monitoram indiretamente as atividades de dragagem do Porto de Santos.
Adicionalmente, defletores de tartarugas devem ser acoplados às dragas para evitar acidentes com a vida marinha. Além disso, será adotada a altura máxima de um metro do leito marinho para ativação e desativação das bombas de sucção, que devem permanecer desativadas quando levantadas, reduzindo assim o impacto ambiental.
As informações de cada campanha, como datas estimadas de início e término e locais de operação, serão divulgadas nas redes sociais, no site oficial do Porto e outros canais de comunicação.