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21/05/2025

Sargento da PM matou esposa com 51 facadas, diz laudo; Polícia investiga premeditação

Por Santa Portal em 21/05/2025 às 15:00

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

O laudo necroscópico apontou que Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, foi morta com 51 facadas em diversas partes do corpo pelo seu marido, o sargento da PM Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho. O policial também atirou três vezes contra a vítima.

O exame apontou que Amanda sofreu múltiplas lesões decorrentes de golpes de arma branca e arma de fogo. Ela teve perfurações nas regiões do rosto, tórax, braços, mãos, abdômen, costas e coxas, além de uma facada abaixo da orelha direita. Já os ferimentos por arma de fogo atingiram o peito e o braço.

Além disso, o laudo mostra que ela sofreu lesões internas fatais no fígado e nos pulmões. O documento também indicou sinais de defesa no corpo de Amanda, nos braços e mãos.

Segundo o relatório, Amanda morreu de anemia aguda por hemorragia interna traumática, provocada por ferimentos de projéteis de arma de fogo.

“O laudo está bem objetivo. A gente vai complementar esse inquérito amanhã (com a reconstituição) para saber realmente o que aconteceu. Houve premeditação, sim”, disse a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, Debora Lázaro, que conduz as investigações sobre o caso.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, o militar autor do crime teve decretada a prisão preventiva em decorrência do cometimento do feminicídio que tem a tramitação pela polícia judiciária. Com relação aos policiais militares envolvidos no atendimento da ocorrência, foi aberto um Inquérito Policial Militar para apurar o ocorrido.

Reconstituição

A reconstituição do caso de feminicídio e tentativa de homicídio cometido pelo sargento da Polícia Militar (PM), Samir Carvalho, 46 anos, contra a esposa e a própria filha será realizada nesta quinta-feira (22), às 10h. O local será uma clínica médica localizada na Vila Belmiro, em Santos, onde o PM matou a esposa e feriu a filha de 10 anos no último dia 7.

Samir Carvalho teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva, foi afastado de suas funções e teve o sigilo do celular quebrado. Ele foi levado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Capital, e deve retornar a Santos para a reconstituição. Sua esposa, Amanda Fernandes, morreu no local, enquanto a filha ficou seis dias hospitalizada na Santa Casa de Santos.

A reconstituição de um crime, também chamada de reprodução simulada dos fatos, serve para auxiliar na investigação e esclarecimento dos detalhes do caso, verificando a compatibilidade entre os depoimentos e as evidências encontradas no local.

Inquérito Policial

A Polícia Militar de São Paulo instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar com rigor a conduta dos policiais acionados para a ocorrência que culminou em feminicídio e tentativa de homicídio em uma clínica médica na Vila Belmiro, em Santos, na tarde de quarta-feira (7). Um sargento da própria corporação matou a esposa e feriu a filha de 10 anos.

De acordo com a SSP, os agentes foram chamados via Copom para atender a uma ocorrência inicialmente descrita como “desinteligência”. No local, encontraram a vítima, Amanda Fernandes, de 42 anos, e a filha trancadas em um consultório, enquanto o autor do crime, o sargento Samir Carvalho, de 46 anos, aguardava do lado de fora.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. Em seguida, Samir invadiu o consultório, sacou uma arma, disparou contra a esposa e a filha, e ainda desferiu aproximadamente dez facadas na mulher. A PM investiga se houve falhas na atuação dos agentes inicialmente acionados, especialmente no momento em que decidiram permitir que o sargento voltasse a ter contato com as vítimas.

Amanda, diretora de comércio exterior, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A vítima fatal deixou outros dois filhos.

Samir Carvalho, que estava de folga no momento do crime, foi contido e preso em flagrante por outros policiais. Ele foi levado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Capital, e responderá por feminicídio, tentativa de homicídio e violência doméstica. 

A defesa informa que Samir não foi oficialmente notificado sobre sua inatividade na PM e desataca que as medidas judiciais cabíveis serão tomadas. Sobre o caso, a defesa não irá se manifestar até a conclusão das investigações.

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