Justiça acolhe pedido e adia para julho audiência de jovem que matou motociclista em Santos
Por Santa Portal em 17/06/2025 às 05:00

A audiência de instrução sobre a morte do motociclista Caetano Ribeiro Aurungo, de 21 anos, que deveria ter ocorrido em maio foi remarcada para julho. O acidente fatal aconteceu em outubro do ano passado, em Santos.
A nova data foi definida pela Justiça acolhendo um pedido da defesa do suspeito, João Pedro Donatone, sobre o argumento de que “provas importantes e imprescindíveis” não estavam nos autos.
A equipe jurídica de Donatone pediu para ter acesso ao celular apreendido do suspeito, pois neste aparelho estariam os dados das testemunhas que seriam apresentadas pela defesa na audiência. Com o acesso ao celular, o advogado de Donatone pediu a substituição das testemunhas.
O Ministério Público chegou a se manifestar contrário ao pedido de adiamento, porém a defesa alegou que tais pessoas não eram do círculo de amizade do réu. Por isso, os defensores não teriam detalhes dessas pessoas.
A Justiça acatou a solicitação da defesa e, desta forma, a nova data da audiência foi definida para 17 de julho, a partir das 14h. Na ocasião, a defesa e a acusação deveram indicar as testemunhas a serem ouvidas.
O caso
Caetano Ribeiro Aurungo, de 21 anos, morreu na madrugada do dia 19 de outubro, em um acidente de trânsito no Embaré, em Santos. O motorista do veículo, João Pedro Donatone, de 19 anos, foi preso em flagrante.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Polícia Militar informou que a vítima trafegava em sua Honda/PCX pela rua Conselheiro Lafaiete, quando foi atingida pelo condutor de um I/VW Jetta, que ultrapassou o semáforo fechado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada por volta das 3h40 para atender a ocorrência de acidente de trânsito com vítima. Ao chegarem no local, uma equipe do Serviço Atendimento Móvel de Urgência já estava no local e constatado o óbito do jovem.
Segundo o Ministério Público, as provas já presentes nos autos apontam a responsabilidade de Donatone no ocorrido, embora ainda estejam pendentes laudos complementares, como o exame de DNA e a perícia nos veículos.
O juiz de primeira instância considerou que a gravidade do crime justificava a adoção de medidas cautelares, como o monitoramento eletrônico, em vez da prisão preventiva. Diante desses elementos, a 11ª Câmara Criminal do TJ-SP concluiu que não há constrangimento ilegal contra o acusado e negou o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa de Donatone.