Família de corretor morto em Praia Grande nega relação amorosa da vítima com o suspeito
Por Santa Portal em 18/11/2025 às 20:00
A família de Wanderley Guanais Mineiro, corretor de imóveis de 63 anos encontrado morto no banheiro de um prédio em obras na Vila Tupi, em Praia Grande, contesta a versão apresentada pelo suspeito do crime, que disse que mantinha um relacionamento amoroso com o corretor.
A defesa da família afirma que “a versão apresentada pelo suspeito de que o hediondo assassinato teria sido motivado por um suposto ‘relacionamento amoroso’ é veementemente refutada por esta família e por todas as provas de vida de Wanderley”. Os parentes do corretor classificam essa narrativa como uma tentativa de justificar o homicídio e reduzir a pena.
A nota também refuta a possibilidade de que Wanderley pudesse ter se encontrado com alguém para fins pessoais no canteiro de obras onde trabalhava aos domingos. A família afirma que a hipótese apresentada “é absolutamente incompatível com a personalidade e a conduta de Wanderley”.
A advogada Ingridt Klaesener, que representa os familiares, afirma que o objetivo da nota é afastar o que considera uma “estratégia processual” da defesa do suspeito. O texto também pede que autoridades responsáveis pela investigação descartem essa versão.
Relembre o caso
O corretor de imóveis foi achado morto na manhã do último dia 10 no banheiro de uma obra no bairro Vila Tupi, em Praia Grande.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Wanderley foi morto no domingo (9), mas seu corpo só foi encontrado na manhã seguinte, quando um funcionário chegou ao trabalho, na Rua Tupinambás, e localizou o homem já sem vida no banheiro.
O eletricista Cassius Maximiliano Brancatti, de 48 anos, foi preso dois dias depois do crime. De acordo com o delegado Angel Martinez, Brancatti confessou que a motivação teria sido passional.
“Na manhã de domingo, ele [Wanderley] mandou um áudio para o empreiteiro informando que abriria a obra para receber um cliente pela segunda vez. O autor do crime informou, na verdade, que o encontro foi para que eles discutissem a relação, pois ele queria terminar o relacionamento e a vítima não”, disse o delegado.
Dois telefones celulares de Wanderley e a faca usada no crime foram encontrados dentro de um bueiro. Segundo o delegado, os aparelhos devem ser periciados para que a real motivação do crime seja apurada.
O autor do crime foi indiciado por homicídio doloso qualificado, cuja pena é de 12 a 30 anos. Inicialmente, o caso foi registrado como latrocínio, mas teve a natureza alterada após a confissão do autor.