Redução de internações e mortes marca nova fase da covid-19 na região
Por Beatriz Pires em 20/06/2025 às 10:00

O início da pandemia de covid-19 completou cinco anos em 2025 e ainda levanta questionamentos sobre a atual situação da doença na Baixada Santista. A vacinação em massa foi a principal responsável pela queda expressiva nos casos, mas o vírus ainda circula pela região.
Juntas, Santos, Guarujá, Peruíbe e Cubatão somaram 4.777 casos no primeiro semestre deste ano, uma redução de 89,24% em relação a 2020, quando foram 44.410 registros no mesmo período.
Apesar da queda, o coronavírus ainda representa um risco, especialmente para grupos vulneráveis, como idosos, pessoas com doenças crônicas, sobrepeso e problemas respiratórios como asma e bronquite. Em 2025, foram contabilizadas apenas 19 internações, contra 892 no mesmo período de 2020, uma redução de 97,87%.
“Esses grupos continuam em maior risco de formas graves da covid-19. Para eles, é ainda mais importante manter a vacinação atualizada, buscar atendimento precoce em caso de sintomas e, em alguns contextos, usar máscara”, destaca Leonardo Weissmann, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
No início da pandemia, a região registrou 1.460 mortes apenas no primeiro semestre. Em 2025, foram 17 óbitos no mesmo período, uma queda de 98,83%.
Segundo as prefeituras da região, a covid-19 segue como doença de notificação compulsória, com testes disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde e acompanhamento contínuo pelas Secretarias Municipais de Saúde.
“É importante manter a vacinação em dia, com as doses de reforço recomendadas, especialmente para idosos e pessoas com doenças crônicas. Em situações de aglomeração, ambientes fechados ou em caso de sintomas respiratórios, o uso de máscara ainda é uma medida válida. Higienizar as mãos com frequência também continua sendo eficaz”, reforça o infectologista.
Santos, Cubatão e Peruíbe informaram que as campanhas de reforço vacinal seguem ativas. Desde o início da imunização em 2021, o número de doses aplicadas aumentou e as coberturas seguem dentro do esperado.
Apesar disso, Weissmann alerta para a falta de divulgação por parte das prefeituras e reforça a necessidade de retomar campanhas educativas.
“A baixa adesão às doses de reforço deixa muita gente vulnerável. Novas variantes continuam surgindo, e sem uma boa estrutura de vigilância, podemos identificar tarde demais alguma mudança no comportamento do vírus. É fundamental manter o sistema de vigilância funcionando e estimular a vacinação”, conclui.