Tomar café sem açúcar previne declínio cognitivo e aumenta longevidade, apontam estudos
Por Folha Press em 11/12/2025 às 17:04
O consumo de café, presente no cotidiano de milhões de brasileiros, pode estar ligado a uma série de benefícios para a saúde, segundo estudos revisados nos últimos anos. Entre os efeitos positivos observados em estão a redução do risco de algumas das principais causas de morte e doenças crônicas.
O café sem açúcar, em especial, é o mais indicado. Baixo em calorias, ele pode ajudar no processo de emagrecimento, além de trazer benefícios cognitivos e estar associado a uma menor taxa de mortalidade.
O potencial efeito protetor, ainda em análise, mas parece estar relacionado não apenas à cafeína, mas também a compostos antioxidantes presentes na bebida, segundo estudos.
Artigos da universidade Johns Hopkins mostram que pessoas que ingerem café com regularidade tendem a apresentar menor probabilidade de morrer por doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e problemas renais.
Um estudo da Universidade Tufts, nos EUA, também mostrou que o café está associado a um risco menor de mortalidade por todas as causas. Mas isso depende de acertar na quantidade da bebida. Veja a seguir os benefícios.
Maior longevidade
De acordo com a pesquisa publicada na revista científica The Journal of Nutrition, o consumo de 1 a 2 xícaras da foi ligado a um risco menor de morte em comparação com os que não ingerem café.
Os benefícios de menor mortalidade foram restritos aos consumidores de café preto sem açúcar, com pouco açúcar e baixo em gordura saturada, o que exclui receitas como cappuccino e mocaccino.
Menor risco de falência falência cardíaca
Estudos apontam que o consumo de café ajuda a prevenir a obstrução arterial, causa de mortes cardiovasculares, como o AVC.
Prevenção as doenças degenerativas
O consumo de uma a duas xícaras por dia foi associado a uma diminuição na ocorrência de doença de Parkinson, além de ajudar a controlar os movimentos, prejudicados pela doença.
Proteção ao fígado
Segundo os estudos da John Hopkins, tanto versões com cafeína quanto descafeinadas podem favorecer níveis saudáveis de enzimas hepáticas, produzidas pelo fígado e que ajudam no metabolismo e na desintoxicação.
Proteção da DNA e a cânceres
Estudos mostram que o consumo diário de café pode reduzir a ruptura de DNA, o processo ligado ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como de mama, de ovário, colorretal e sarcomas.
Redução do risco de alzheimer
Quase dois terços dos norte-americanos que vivem com Alzheimer são mulheres. Mas a cafeína presente em duas xícaras de café pode oferecer uma proteção significativa contra o desenvolvimento da doença. Pesquisadores descobriram que mulheres com 65 anos ou mais que consumiam de duas a três xícaras de café por dia tinham menos probabilidade de desenvolver demência em geral.
Limites e cuidados
As diretrizes alimentares americanas citadas nas pesquisas sugerem que a maioria das pessoas pode consumir com segurança até três a cinco xícaras de café por dia, equivalente a um máximo de cerca de 400 mg de cafeína. Consumos acima desse valor podem levar a reações indesejadas, como aumento dos batimentos cardíacos, ansiedade e insônia.
Segundo os especialistas, mulheres grávidas ou amamentando devem consultar um obstetra antes de incluir cafeína na dieta, e pessoas sensíveis à substância podem obter benefícios mesmo com uma xícara diária ou optar por versões descafeinadas.
Além disso, ingredientes adicionados à bebida como excesso de açúcar, leite e chocolate podem diminuir potencialmente os efeitos positivos associados ao consumo de café.