Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.

16/06/2025

Países do G7 pedirão desescalada do conflito Israel-Irã em declaração final

Por Julia Chaib/ Folha Press em 16/06/2025 às 15:27

Reprodução/X/@NoaGresiva.
Reprodução/X/@NoaGresiva.

Os países que compõem o G7, grupo das sete economias mais desenvolvidas do mundo, prepararam um rascunho de uma declaração conjunta pedindo a desescalada na guerra entre Israel e Irã.

Segundo informações da agência, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, porém, ainda não endossou a manifestação. A prévia do documento, vista pela agência, afirma que Israel tem o direito de se defender e inclui um compromisso dos países de proteger a estabilidade dos mercados, inclusive os de energia.

Ao mesmo tempo, o premiê alemão, Friedrich Merz, disse a repórteres nesta segunda que os países devem deixar claro que o Irã não poderá, sob nehuma hipótese, “adquirir material capaz de ser usado em armas nucleares”.

A cúpula do G7 ocorre nesta semana em Kananaskis, no Canadá, que sedia o evento. Além dele e dos EUA, são membros do grupo o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália e o Japão. A União Europeia também faz parte.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado a participar da reunião expandida do grupo, que será nesta terça (17). O petista desembarca nesta segunda (16) à noite em Calgary.

Lula aceitou uma reunião bilateral com o presidente da Ucrânia, Volodomir Zelenski. O horário da reunião ainda não está fechado. Ele também se reunirá com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney.

Nesta segunda, os países-membros têm uma série de reuniões fechadas, que ocorrem em meio ao conflito no Oriente Médio e à dificuldade de Trump em conseguir o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, o que ele havia prometido fazer. Também fazem parte das discussões as tensões comerciais com as demais nações.

Trump reuniu-se na manhã desta segunda com Carney. Ao lado do premiê canadense, criticou a ausência da Rússia no grupo. “Foi um grande erro. Obama não o queria [em referência a Vladimir Putin].”

A Rússia fez parte do G7 (que virou G8) de 1998 a 2014, quando foi excluída por ter anexado a Crimeia, então território da Ucrânia.

“Isso foi um grande erro. Você não teria essa guerra. Você sabe, você tem seu inimigo à mesa -eu nem considerava, ele nem era realmente um inimigo naquela época. Não havia esse conceito- se eu fosse presidente, essa guerra nunca teria acontecido.”

“Putin fala comigo, ele não fala com mais ninguém porque se sentiu insultado quando foi expulso do G8”, continuou o americano. Trump ainda avaliou que não seria uma “má ideia” que a China fosse parte do grupo.

O presidente americano ainda terá reuniões bilaterais nesta segunda com o chanceler alemão, Friedrich Merz, e do Reino Unido, Keir Starmer.

loading...