Junho Preto reforça alerta contra o melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele
Por Santa Portal em 28/06/2025 às 07:00

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) prevê que o País deve registrar cerca de nove mil novos casos, este ano, do melanoma, o tipo mais raro, porém mais agressivo dos cânceres de pele. Diante disto, está em andamento a campanha Junho Preto, uma mobilização nacional que destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Descobrir cedo a doença eleva a chance de cura a mais de 90%.
Ao falar sobre a patologia e sua incidência, a médica dermatologista Natália Venturelli destacou que se trata do câncer de pele que mais mata. “Embora represente cerca de 3% dos tumores cutâneos malignos, o melanoma é responsável pela maior parte das mortes devido ao seu alto potencial de metástase. Além disso, ele pode evoluir rapidamente”, explica
Ainda, de acordo com a especialista, “quando não diagnosticado e tratado a tempo, compromete órgãos internos e reduz drasticamente as chances de cura”. Segundo levantamento do Inca, se identificada a doença em estágio inicial, o índice de cura pode ultrapassar 90%, mas nos casos avançados, a taxa de sobrevivência em cinco anos pode cair para menos de 30%. Atualmente, 1.900 brasileiros morrem por ano em decorrência do melanoma.
Por isso, Natalia alerta que a população ainda subestima os riscos reais do melanoma. “O número de mortes mostra o quanto esse câncer é traiçoeiro. Muitas vezes, a pessoa só procura ajuda quando a doença já se espalhou. Precisamos insistir na conscientização, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como pessoas de pele clara e histórico familiar. Diagnóstico precoce é o que salva vidas nesse caso”.
O que é o melanoma
O melanoma é um tipo de câncer de pele que se origina nos melanócitos, células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. É um tumor agressivo, com grande capacidade de invasão e metástase. Entre as principais causas estão a exposição solar intensa e sem proteção, o uso de câmaras de bronzeamento artificial, a presença de múltiplas pintas, além de histórico familiar da doença.
Seus sintomas mais comuns incluem: pintas assimétricas, com bordas irregulares e cores variadas; lesões que mudam de tamanho, forma ou coloração; coceira, sangramento ou feridas que não cicatrizam; e aparecimento de novas manchas em regiões pouco expostas ao sol.
A dermatologista apontou como as pessoas podem se proteger, a fim de não desenvolverem a patologia. “A melhor forma de combater o melanoma é prevenindo. Isso inclui o uso diário de filtro solar, mesmo em dias nublados, evitar exposição solar nos horários de pico e realizar o autoexame da pele regularmente. Consultar o dermatologista ao menor sinal de mudança é essencial e pode salvar vidas”, finaliza.