25/09/2025

Lúcia Teixeira destaca os desafios da sustentabilidade na abertura do FNESP

Por Santa Portal em 25/09/2025 às 20:00

Foto: Semesp/Juliana Freitas e Luiz Kagiyama
Foto: Semesp/Juliana Freitas e Luiz Kagiyama

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, abriu a 27ª edição do FNESP destacando “o papel crucial das instituições de ensino superior para que o futuro sustentável se torne realidade”, tema do evento neste ano. Ela ressaltou em sua fala inicial a importância de o Semesp abordar a questão: “Temos o desafio de atender às necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade e o bem-estar das próximas gerações, com equilíbrio social, econômico e ambiental”, afirmou.

“Ampliar as oportunidades para uma geração é um desafio urgente. Muitos jovens perderam a confiança no futuro e cabe a nós, educadores, gestores e líderes, coragem para imaginar novas possibilidades, construir políticas mais justas e oferecer perspectivas concretas de esperança”, ressaltou a presidente do Semesp.

Lúcia lembrou que o Semesp “continua contribuindo, com sua atuação, em muitas outras questões igualmente urgentes, como a educação a distância, por meio da Rede de EAD e do recém-criado Observatório de EAD que busca acompanhar a transição das novas diretrizes com análises qualificadas, pesquisas, seminários e documentos de orientação para as IES”.

A presidente do Semesp destacou as propostas apresentadas pelo Semesp na Câmara dos Deputados e no Senado para o projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação, “visando ampliar o acesso, a permanência, a qualidade, e fortalecer a diversidade institucional do ensino superior do país, um PNE moderno, inclusivo e conectado às demandas sociais, tecnológicas e produtivas na era digital”.

Lúcia citou também “o diálogo constante do Semesp com MEC, Seres, Inep, CNE, Sesu, Setec e Conaes, que tem contribuído para a apresentação de propostas para a regulação e a avaliação educacional brasileira, em especial nas mudanças do novo marco da EAD, com a elaboração de documentos, glossário e indicadores de qualidade, bem como para as diretrizes de avaliação e autoavaliação das instituições, no cenário de transformações no Enade e nos instrumentos de aferição, defendendo sempre um papel formativo na avaliação da qualidade e o respeito à diversidade das instituições de ensino”.

Ao falar na sessão de abertura do FNESP, Manuel Palácios, presidente do INEP, disse que o crescimento da participação dos educadores no evento era uma expressão do aumento de mais de 10 milhões de estudantes no ensino superior, segundo os resultados recém-lançados do Censo Nacional da Educação Superior. Palácios ressaltou que “ainda há desafios a serem alcançados, como o aumento da escolarização líquida e outras metas do PNE”.

Ele citou “as baixas taxas de conclusão, que precisam ser objeto de políticas específicas, e a necessidade de assegurarmos maior eficiência do sistema educacional”, e ressaltou a importância de “pensar nos caminhos que permitirão à educação superior combinar as necessidades de uma população que já trabalha com a qualidade, por meio de uma produção normativa capaz de garantir a oferta adequada para os que necessitam”.

Marta Abramo, secretária da Seres do MEC, destacou o papel fundamental do Semesp “na representação das IES para implementação das políticas para o setor”. Ela elogiou a criação do Observatório de EAD pelo Semesp, “que consolida a formulação de boas práticas na implementação do novo marco regulatório para a modalidade” e ressaltou “os encontros mantidos entre especialistas e formuladores de políticas públicas organizados pelo Semesp”.

A secretária da Seres afirmou que “a colaboração entre governo e o setor privado será sempre fundamental para que possamos atender às necessidades dos que buscam a inclusão no ensino superior, especialmente o desafio de atender ao estudante trabalhador”. E se referiu ao tema da expansão e à necessidade de ocupar as vagas, ampliando a conclusão dos estudantes do ensino médio e se sintam estimulados a buscar o ensino superior

Ao abordar o desafio de implementar a garantia de qualidade da revisão normativa, ela destacou que “a qualidade não é um interesse somente do MEC, mas de toda a sociedade”, e que “todos teremos que aproveitar oportunidades e produzir avanços concretos a partir de que está sendo programado, para evitar retrocessos, por meio de debates como os que serão realizados neste evento”.

Marta Abramo lembrou que “milhões de jovens que já concluíram o ensino médio não ingressaram no ensino superior, a maior parte estudantes de baixa renda, e temos que pensar nas formas de atração desse público”. Ela também ressaltou que “as metas e objetivos da educação superior dialogam diretamente com o tema desta edição do FNESP, pois estão relacionadas ao cumprimento das ODS formuladas pela ONU”.

Foto: Semesp/Juliana Freitas e Luiz Kagiyama

Cesar Calegari, presidente do CNE, reafirmou durante a sessão de abertura “o compromisso de um diálogo permanente e da participação articulada na construção das normas que organizam a educação brasileira em todas as modalidades”, que segundo ele, “depende do diálogo com o setor privado”.

Calegari citou as novas diretrizes formuladas pelo MEC para que a educação tenha a qualidade necessária desde a educação básica e afirmou que “o esforço do CNE para colocar no topo do planejamento estratégico a sustentabilidade depende da qualidade do ensino e da valorização da formação dos mais de dois milhões de professores com iniciativas que nos permitam contribuir para a construção de uma nova geração de professores no Brasil”.

Adilson Santana de Carvalho, diretor da Sesu, citou números do Censo para lembrar que “embora ainda longe da meta, é preciso celebrar o aumento da taxa bruta de ingresso na educação superior”. Segundo Carvalho, “os números do Censo refletem a retomada do interesse do jovem pela educação superior, com aumento de 35% na participação de concluintes do ensino médio no Enem, e também com aumento nas adesões ao Prouni”. Ele ressaltou, ainda, a importância da colaboração com as entidades e as IES “para o desenho das políticas que o MEC desenvolve para o ensino superior”.

Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, representou o governador Tarcísio de Freitas no evento. O secretário ressaltou “a contribuição da educação para as transformações que poderão garantir a sustentabilidade do planeta”, e também “a importância da parceria do setor privado da educação com o setor governamental para a busca das soluções”.

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