Acusado de matar cabo com tiro na testa é procurado desde 2021 por outro homicídio
Por Santa Portal em 24/05/2025 às 17:53

Está identificado o suposto autor do disparo que atingiu a testa do cabo Júlio César da Silva Costa, de 43 anos, matando-o. Procurado desde 2021 por um homicídio ocorrido na Vila Esperança, em Cubatão, mesma comunidade onde o policial foi assassinado às 23h30 de sexta-feira (23), ele continua foragido. O comando geral da PM programou para domingo (25), em todo o Estado, uma homenagem ao agente abatido em serviço.
Em razão do homicídio cometido em 2021, Bruno Rafael Bezerra de Lima, o Lagoa, de 29 anos, teve a prisão preventiva decretada. O crime ocorreu próximo a um ponto de tráfico de drogas e foi esclarecido pela equipe da 3ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos. Naquela época, o marginal teria fugido para o Ceará e chegou a ser procurado nesse estado, mas não foi encontrado.
Acredita-se que após permanecer determinado tempo fora da região, Lagoa voltou à Vila Esperança, onde moram a sua mãe e irmã. Sobre o homicídio do cabo, as informações dão conta de que ele atirou cerca de cinco vezes na direção de uma viatura da PM que ingressou na Avenida Principal, a principal via da comunidade, na altura do beco da Manjuba. Os disparos foram efetuados enquanto ele fugiu com uma mochila nas costas.
No momento do tiro, o policial militar Júlio estava no banco frontal de passageiro da viatura, que era dirigida por outro cabo e tinha dois soldados como ocupantes. Dois colegas da vítima que estavam no veículo reconheceram Lagoa por meio de fotografia. O reconhecimento foi realizado de modo informal, mas será formalizado na segunda-feira (26), na 3ª Delegacia da Deic.
Um disparo atingiu o capô da viatura e outros dois atravessaram o para-brisa, acertando o cabo Júlio, que não teve chance de se defender. Como a prioridade era salvar a vida do colega, os demais ocupantes do veículo não revidaram os tiros, seguindo imediatamente ao Pronto-Socorro Central de Cubatão. Porém, uma médica da unidade atestou a morte do cabo Júlio assim que ele deu entrada.
Casado e um filho
Com mais de 20 anos de carreira, o cabo Júlio deixa esposa e um filho de 12 anos. O seu corpo será velado das 10 às 12 horas de domingo (25) na sala 1 do Cemitério Memorial Vicentino, no Largo da Saudade, 25, no Parque Bitaru. A cremação ocorrerá na sequência, em momento reservado à família. É provável que o coronel José Augusto Coutinho, comandante geral da PM no Estado de São Paulo, acompanhe o funeral.
Minuto de sirene
Coutinho ordenou que, simultaneamente ao término do velório, todos os policiais militares de serviço no patrulhamento motorizado, que não estiverem no atendimento de ocorrências, estacionem a viatura em local seguro e bem visível, acionando os dispositivos luminosos e sonoros por um minuto. Durante a homenagem, os PMs devem desembarcar da viatura, permanecer na posição de sentido e prestar continência. (EF)