Vila Mathias aposta na ancestralidade com enredo sobre Pai Felipe na volta ao Grupo Especial

Por Santa Portal em 17/12/2025 às 20:00

Sarah Vieira/Santa Portal
Sarah Vieira/Santa Portal

A Vila Mathias prepara um desfile marcado pela ancestralidade e pela memória negra para o Santos Carnaval 2026, ao levar para a avenida o enredo “Rei Batuqueiro – O Som que Ecoa do Quilombo ao Carnaval”. O tema, apresentado durante o episódio desta terça-feira (16) do Papo de Samba, resgata a história de Pai Felipe, líder quilombola que viveu na região hoje conhecida como Vila Mathias e se tornou símbolo de resistência e libertação de pessoas negras escravizadas na cidade.

O episódio reuniu o presidente Jason Batista Alcântara, o diretor de bateria Guilherme Álvaro de Carvalho, o intérprete Ademarzinho e a diretora de marketing Aiyra Santos, que detalharam o conceito do enredo, a preparação do barracão e as propostas da escola para o desfile.

Vice-campeã do grupo de acesso na última edição, a Vila Matias garantiu o retorno ao Grupo Especial após cinco anos – a última participação na elite foi em 2020 – e será a penúltima a desfilar no primeiro dia de apresentações, apostando em um enredo de forte identidade territorial e conexão histórica com o bairro que dá nome à agremiação.

“É um enredo muito forte, porque carrega muita ancestralidade. Falar do Pai Felipe é algo muito importante para Santos. Essa história tem espaço na cidade e é celebrada todos os anos no Dia do Samba. É um enredo cheio de axé”, afirmou o presidente.

Segundo o Jason, a escola entra no Grupo Especial consciente do novo nível de exigência e com foco em causar impacto positivo na avenida. Ele também comentou ajustes pontuais na coordenação dos passistas, tratados como parte do amadurecimento da Vila Mathias no novo patamar competitivo.

“Hoje a Vila Mathias está no primeiro grupo, então o sarrafo sobe. São mudanças necessárias. Quem chega vem para somar, porque tem um conhecimento muito vasto de Carnaval. A gente pensa sempre na escola”, explicou.

Responsável pela bateria, Guilherme destacou que o ritmo terá como base a ancestralidade, com o jongo como principal referência musical. Segundo ele, cerca de 140 ritmistas devem compor a bateria, que estreia uma nova direção neste carnaval. Já Aiyra ressaltou que o samba-enredo também inspira a presença da escola no ambiente digital, ampliando o alcance da cultura do samba para além da avenida.

“Queremos mostrar os bastidores, a nossa comunidade e o trabalho que acontece diariamente. Levar o samba por outros caminhos, com respeito, carinho e axé, para quem ainda não conhece de perto o que é o Carnaval”, afirmou.

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