População da Baixada Santista cresce 3,44% em três anos, aponta IBGE

Por Beatriz Pires em 09/09/2025 às 06:00

Jairo Marques/Divulgação Prefeitura de Praia Grande
Jairo Marques/Divulgação Prefeitura de Praia Grande

A população da Baixada Santista cresceu 3,44% nos últimos três anos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem referência à nova estimativa populacional que contempla os habitantes até julho de 2025.

Santos segue como a cidade mais populosa da região, com 429.547 habitantes, alta de 2,61% em relação a 2022, ano do último censo. O município também ocupa a quarta posição entre as cidades mais bem distribuídas em seu território, com densidade demográfica de aproximadamente 1.489,53 habitantes por quilômetro quadrado.

Mongaguá manteve a posição de município menos populoso, mas registrou crescimento de 4,67%, passando de 61.951 moradores em 2022 para 64.845 em 2025. A cidade também apresenta a menor densidade demográfica da região: 433,97 habitantes por quilômetro quadrado.

O economista Denis Castro avalia que as cidades da Baixada Santista vêm enfrentando aumento no custo de vida, o que influencia diretamente os movimentos populacionais.

“Fatores como a oferta de empregos, infraestrutura e qualidade de serviços públicos ainda são decisivos, mas o custo de vida elevado pode ser um motor de migração para cidades vizinhas como Itanhaém, onde os mesmos serviços podem ser encontrados a um preço mais acessível”, explica.

Itanhaém se destacou com crescimento de 5,35%, o maior da região. O município passou de 112.476 moradores em 2022 para 118.495 em 2025, alcançando a quinta posição entre os mais populosos. Já Cubatão registrou aumento de 2,13%, saindo de 112.476 habitantes em 2022 para 114.870 em 2025.

“Suas melhorias em infraestrutura e opções de lazer e serviços, aliadas a preços mais competitivos no mercado imobiliário, podem desviar o fluxo de migração desses centros mais caros para sua região”, acrescenta Castro.

Praia Grande foi a segunda cidade com maior crescimento populacional. No último censo, registrava 349.935 habitantes; agora são 368.539, alta de 5,32%. São Vicente, por sua vez, passou de 329.911 moradores em 2022 para 338.326 em 2025, crescimento de 2,55%. Com densidade demográfica de 2.226,86 habitantes por quilômetro quadrado, o município ocupa a segunda posição entre os mais bem povoados da Baixada Santista.

Segundo Castro, cidades como Itanhaém vêm apostando em políticas para aliviar o custo de vida, como isenções fiscais a novas empresas e investimentos em infraestrutura de transporte. “Essas medidas, somadas à criação de empregos e à melhoria dos serviços públicos, tornam a cidade mais acolhedora para aqueles vindos de regiões com custos mais altos”, afirma.

Peruíbe, Guarujá e Bertioga também apresentaram crescimento populacional de 3,33%, 2,52% e 5,06%, respectivamente. Peruíbe passou de 68.352 para 70.629 habitantes; Guarujá, de 287.634 para 294.871; e Bertioga, de 64.188 para 67.436.

“A tendência pode incluir uma migração contínua para áreas onde o custo de vida equilibrado atrai quem foge dos preços elevados dos centros vizinhos. Haverá um foco em desenvolvimento sustentável para lidar com o influxo populacional, além de investimentos em tecnologia e inovação para suportar o crescimento econômico sem sacrificar a qualidade de vida”, conclui o economista.

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