19/12/2025

Conheça a banda 311, que toca no Brasil em festival de rock com o Limp Bizkit

Por André Barcinski/Folhapress em 19/12/2025 às 13:49

Divulgação
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A banda americana 311 desembarca neste sábado, 20, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, depois de ficar 14 anos sem tocar no país. Eles se apresentam na “Loserville Tour”, excursão liderada pelo grupo Limp Bizkit e que tem ainda Bullet for My Valentine, Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad.

“Não acredito que ficamos tanto tempo sem tocar no Brasil”, diz o líder da banda, o cantor e guitarrista Nick Hexum. “Nossa primeira passagem por aí foi muito rápida, mas lembro da beleza do país e da animação do público brasileiro.”

Hexum tem 55 anos e fundou o 311 em 1988 em Omaha, Nebraska, no meio-oeste dos Estados Unidos, com os amigos Jim Watson (guitarra), Chad Sexton (bateria) e Aaron Wills (baixo). O guitarrista Tim Mahoney substituiu Watson em 1990, e dois anos depois Doug Martinez juntou-se ao grupo como segundo cantor e DJ. Desde o início, o 311 fez uma eficiente mistura de rock alternativo com ritmos dançantes como reggae e hip-hop.

Omaha não era uma meca do rock underground, e o 311 teve de suar para se fazer conhecido. A banda lançou dois discos independentes, gravados no porão da casa de Hexum, e tocou em todos os clubes do meio-oeste americano, arregimentando um fã-clube local e numeroso. “Chegamos a um ponto em que algumas lojas da região vendiam mais discos nossos do que de Michael Jackson”, diz Hexum. “E as gravadoras não podiam mais nos ignorar.”

Depois da explosão do grunge em 1991, com o lançamento do álbum “Nevermind”, do Nirvana, as gravadoras começaram uma busca frenética por bandas alternativas, e o 311 acabou contratado em 1993 pelo Capricorn, selo associado à Warner e que faria sucesso com nomes como Widespread Panic e Cake. “Naquela época todo mundo estava procurando o novo Pearl Jam”, diz Hexum. “Nós não éramos exatamente o novo Pearl Jam, mas a gravadora apostou e deu certo.”

Hexum diz considerar “Music” (1993), primeiro LP pela Capricorn, como o verdadeiro “disco de estreia” do 311. O grupo lançou “Grassroots” em 1994, mas foi o terceiro disco pela gravadora, “311”, de 1995, que explodiu, vendendo mais de três milhões de cópias e contendo canções que fizeram sucesso no rádio e na MTV, como “Down”, “Don’t Stay Home” e “All Mixed Up”.

Hexum diz que a banda “deu muita sorte” por nascer no início dos anos 1990, quando o rock estava em alta e o mercado favorável para bandas alternativas. “Quando surgimos, em 1988, se você não estivesse em Nova York ou Los Angeles, era virtualmente impossível ser assinado por uma grande gravadora”, diz o cantor. “Nós sentíamos que estávamos fazendo algo especial, dava para perceber pela reação de nossos fãs, e arriscamos tudo. Mudamos para Los Angeles e foi fundamental.”

Desde o início, o 311 se notabilizou como uma banda que adorava fazer turnê. “Nós viajávamos tanto que percebemos que não valia a pena ter uma casa, porque nossa verdadeira casa era o ônibus”, diz Hexum. “Nós moramos nesse ônibus por vários anos, excursionando por todos os Estados Unidos. Isso nos tornou uma banda muito melhor.”

O 311 chega ao Brasil como a terceira atração mais conhecida da “Loserville Tour”, atrás do Limp Bizkit e Bullet for My Valentine. Hexum diz ser amigo da turma do Limp Bizkit “desde quando éramos bandas desconhecidas, há uns 30 anos”, e que adora tocar em shows com grupos de sonoridades diversificadas.

“Nos anos 1990, no início do Lollapalooza, era comum ver bandas de grunge tocando com artistas de hip-hop, ou artistas eletrônicos dividindo o palco com bandas de heavy metal. Eu achava isso sensacional. Hoje em dia a coisa mudou e as turnês passaram a ser menos ecléticas, reunindo bandas de estilos semelhantes. Por isso vai ser muito legal tocar num dia com bandas tão diferentes.”

311 no Brasil

  • Quando: Neste sábado, 20, às 18h15. Portões abrem às 14h
  • Onde: Allianz Parque – r. Palestra Itália, 200, Água Branca, São Paulo
  • Preço: A partir de R$ 665 a entrada inteira e R$ 332,50 a meia
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